segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Matéria sobre meu figurino no jornal "O Dia"

18/10/2008 00:57:00 Filho de Marília Gabriela é quem assina o figurino da atriz em peça que estréia neste sábado
Kamille Viola

Rio - Quase sem perceber, Theodoro Cochrane tenta se explicar por estar em um projeto com a mãe, a apresentadora e atriz Marília Gabriela. Ele é o responsável pelos figurinos e o cenário da peça ‘Aquela Mulher’, monólogo baseado no texto do escritor angolano Eduardo Agualusa, que tem direção de Antônio Fagundes e estréia hoje em São Paulo.
“Não é pistolão”, frisa Theodoro. “A gente tem uma admiração mútua, respeitamos um o trabalho do outro. É muito bom trabalhar juntos, tem uma confiança que é muito boa”, argumenta.
Não que ele precisasse. Em seu primeiro trabalho profissional como figurinista, Theodoro, 29 anos, ator e designer por formação, foi indicado ao Prêmio Shell pela peça ‘Como Me Tornei Estúpido’, dirigida por Beth Lopes. “Fiquei muito feliz, claro”, lembra ele, que também assinou o cenário do espetáculo.
“Na época da nomeação, a minha mãe e o Fagundes já tinham me chamado para fazer o cenário. Ele não queria correr o risco de o responsável pelo cenário e o figurinista não dialogarem, ficarem disputando e não estarem a serviço da peça”, explica.
Na peça, Marília interpreta uma mulher inspirada em Hillary Clinton e surge com três roupas. “Num primeiro momento, temos ela na intimidade, com roupão. Num segundo, temos a imagem dela tradicional, de tailleur. Mas é uma releitura, porque Hillary é meio cafona e eu queria valorizar esse lado sensível e belo, queria embelezar a minha mãe”, diz Theodoro, que fez uma mistura das primeiras-damas que ele considera as mais elegantes: Carla Bruni e Jackie Kennedy.
Sobre a terceira versão de Marília, ele faz mistério. “É uma alegoria da Lilith, que representa todas as mulheres”, filosofa. “Desmonto a imagem que as pessoas têm da minha mãe. É uma parte sensual, tem muito corpo, pele, forma, ela vai aparecer morena. A inspiração é Cher. Não tem obrigação de ser chique, é mais estilosa”, tenta descrever.
E agora ele está com a mãe em outro projeto: assina a direção de arte do livro que Gabi prepara sobre Mulheres que Amam Demais, previsto para o fim do ano. “A gente tem uma empatia muito grande, dialoga, se identifica bastante artisticamente. O maior vilão sou eu, que fico auto-crítico, ‘ai, estou trabalhando com a família’”, reconhece.
ATOR PLANEJA CRIAR ROUPAS PARA HOMENS
Embora tenha se formado em desenho industrial, a prioridade para Theodoro sempre foi a atuação. Ele participou do seriado ‘Sandy & Junior’, da minissérie ‘A Casa das Sete Mulheres’ e aparece no filme ‘Rinha’, de Marcelo Galvão (exibido recentemente no Festival do Rio). “É um papel pequeno, mas importante”, garante ele.
“Continuo seguindo na carreira de ator, mas agora vou em paralelo com essa, que tem a ver com a minha formação de Desenho Industrial. Adoro trabalhar com direção de arte, dar uma cara, interpretar aquilo que me é pedido”, conta.
Apesar de ter feito figurino profissionalmente apenas duas vezes (e duas outras enquanto estava na faculdade), Theodoro já havia criado roupas masculinas para a marca IF, que nunca saíram do papel: “Sempre achei complicado para homem se vestir no Brasil. Gostaria de, em breve, criar roupas masculinas”.

Um comentário:

maitecouti disse...

THEO,

VC TEM LUZ PROPRIA, VALOR REALMENTE ÉS UM ARTISTA DE ALAMA E CORAÇÃO..... PARABENS PELOS SEUS TRABALHOS MARAVILHOSOS

MAITE